quinta-feira, agosto 23, 2007

Rubicão

Não há barreiras que possam conter a força do meu desejo. Abalanço-me sobre o que eu quero, após ter calibrado minhas probabilidades, com rapidez de águia. Nada pode fazer com que eu desista do meu objectivo...

...Tu.

Tu, que bebes teu copo sem dar por mim. Eu sou o sal e o limão para o teu tequila. É meu nome que vai invadir tua boca esta noite, é minha carne que vai encher tuas mãos de músico.
Nem que fosse um Rubicão... Atravessá-lo-ia só para conhecer os segredos que guarda teu espírito, as curvas delicadas da tua alma, para decorar os detalhes do teu corpo encostado indolentemente à parede.
Não há barreiras que possam conter minha vontade. Daqui a umas horas estarás deitado na minha cama, lânguido e entregue, teus dedos assinando tua rendição sobre minha pele.
És meu, és meu, mas ainda não sabes.
Olhas para mim e acenas num gesto amável. Eu sou o sal... Tu és meu Rubicão... Devias ser mais cuidadoso, querido... Nunca ouviste dizer que onde cai sal nunca mais cresce nada?

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