quarta-feira, dezembro 03, 2008

Mais sete meses...

Agora, que te sinto crescer dentro de mim...
Agora, que só espero ver-te...
Agora, que minha força é a tua...
Agora, que tanta coisa vai mudar...
Agora, que és o centro da minha vida...

Só posso dizer "Sejas bem-vindo, meu filho".

sexta-feira, outubro 17, 2008

I am you

You have bound my heart with subtle chains
So much pleasure that it feels like pain
So entwined now that we can't shake free
I am you and you are me

No escaping from the mess we're in
So much pleasure that it must be sin
I must live with this reality
I am yours eternally

There's no turning back
We're in this trap
No denying the facts
No, no, no
No excuses to give
I'm the one you're with
We've no alternative
No, no, no

Dark obsession in the name of love
This addiction that we're both part of
Leads us deeper into mystery
Keeps us craving endlessly

Strange compulsions that I can't control
Pure possession of my heart and soul
I must live with this reality

I am you and you are me
I am you and you are me
I am you and you are me
I am you and you are me

There's no turning back
We're in this trap
No denying the facts
No, no, no
No excuses to give
I'm the one you're with
We've no alternative
No, no, no


Depeche Mode, "I am you"

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quarta-feira, outubro 15, 2008

Fair play

As coisas poderiam ter sido fáceis entre ele e eu, mas os dois gostávamos de desafios.
Tínhamos o tempo e a vontade... A vontade de complicar tudo para o jogo não acabar nunca.
Era meu estômago aos pulos quando me olhava entre a multidão, eram seus ciúmes quando eu dançava com outro, era fingir um encontro fortuito para beijarmo-nos às escondidas e soltar um papel no seu bolso com o lugar e a hora da próxima vez...

He was a gentleman, I am a lady.

Fraca, fraca, fraca...

- Então, não sei se estou a entender... Depois de teres dito que ele era idiota, que não querias saber mais nada dele, agora vão e passam a noite juntos?
- Eu sei, eu sei, sou fraca... Mas estava tão sexy com seus óculos novos... Esse ar intelectual que adoro...
- Fraca? Tu és parva!
- Ah, mas tu não viste esse sorriso... Absolutamente convencido e descarado... E o jeito como me beijou quando nos encontrámos, não só bochecha-contra-bochecha, foi um sinal claríssimo!
- Mas por que não foste para casa e pronto?
- E fui... Segurando ele pela gravata...

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segunda-feira, outubro 06, 2008

Tu não sabes quem eu sou...

Estás a ver essa mulher, a da camisa de seda e as calças de ganga bem justas? Não sou eu.
Eu não sou a rapariga dos óculos fixe, nem a que se olha em todos os espelhos, nem a que foge deles.
Não sou a mulher que te sorri e baixa timidamente as pestanas pintadas de Dior.
Não sou essa da t-shirt de Blasted e calças velhas, compridas e largas que passeia com um cão tão grande que mal pode controlá-lo.
Não sou a do cabelo azul. Não sou a do cabelo rosa. Nem a que virou loira por dar à cabeleireira demasiada liberdade, nem a que sai à rua com a cabeça molhada porque odeia o barulho do secador.
Não olhes para essa que se sentou sozinha no café e bebe seu milkshake enquanto lê Bukowski ou Capote, porque também não sou eu.
Nem essa que ri de ti com as amigas, a boca cheia de brackets e as palavras afiadas.
Não sou a menina que te mata sempre no teu videogame favorito, nem a que chora quando ouve "Gloomy Sunday".
Não sou a que bebe chá na varanda e observa o mundo.

Hoje sou, simplesmente, a mulher que te espera, plena e nua, neste paraíso privado que nos pertence, efímero e eterno, enquanto estivermos juntos.

Deixei de ser todas elas para ser Ela... Porque te amo.

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sexta-feira, setembro 12, 2008

Deveria...

Tomar menos chá.
Comer mais legumes.
Acordar mais cedo - Deitar mais cedo.
Fazer mais desporto.
Voltar ao ginásio ou, pelo menos, ao yoga.
Dar mais atenção aos meus amigos.
Telefonar a mamãe nem que seja para dizer "tou viva".
Dizer menos palavrões.
Pôr os cremes na cara, ou então não comprar cremes.
Encontrar o telemóvel (deve andar escondido entre essa montanha de roupa!!).
Calcular melhor as despesas.
Aprender a escrever com a mão direita.
Aprender a usar as tesouras com a mão esquerda.
Ser menos fetichista.
Cultivar a paciência.
Tirar os óculos para ler.
Cortar o cabelo.
Virar uma mulher ponderada, ou dar aparência de.
...

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sábado, agosto 09, 2008

Confesso: sou egoísta

Já pensaste, vizinho, como as pessoas felizes somos egoístas? Eu, por exemplo: terminei o curso, recuperei minha vida (razoavelmente, dado o horário de trabalho e as responsabilidades associadas) e voilá! Nem umas linhas para dizer que ainda estou viva... Há meses que quero escrever uma carta ao senhor L. S. Alves e não consigo tirar nem um minuto para pegar o papel e a caneta...
Leio todos os livros que comprei e olhei com desejo durante três anos, faço amor, emagreço, coloquei brackets nos dentes, grito nas montanhas russas, marco para cafezinhos com as amigas, faço bobeiras com o Dancing Stage, uso o telefone até sentir dores no pescoço só para ouvir minha mamãe enquanto passo camisas... Ah, e desliguei o telemóvel! Há semanas que ninguém fora do meu círculo de confiança consegue encontrar a Nin.
Eu sei, sou egoísta. Sou apenas uma mulher feliz, ridiculamente feliz, que por vezes sente medo da sua sorte porque pensa que o bom nunca dura... Ou dura?

sábado, junho 21, 2008

Vertigem

Estavam perto. Podia ouvir seus passos trás de mim, rápidos, descuidados. Não tinha senão um caminho. Sentindo um zumbido ensurdecedor nos ouvidos, alcancei o fim da escada. Só tinha esse caminho...
Abri a janela e pulei. Cai sobre os pés e depois para o lado com um barulho pouco elegante. Durante dois ou três segundos, tudo foi preto na minha cabeça.
Abri os olhos e levantei-me. Com o tornozelo atravessado pela dor, fugi até não poder mais, respirando o ar quente de junho que me batia na cara e nos ombros. Tentei correr, coxeando, evidente e desvalida, até que meu coração ameaçou com dizer "basta".
Ofegante, encostei-me a uma árvore e apertei entre os dedos o único que importava; a chave. Una chavezinha velha e feia, oxidada, a conexão entre meu mundo e o seu. A ponte.
Tossi. O tornozelo parecia ter crescido até invadir meu corpo todo. Enjoada pela dor e pelo esforço, cai na erva seca e esqueci de tudo. Mas ainda tive tempo de pensar no que diriam quando soubessem o que tinha feito. E sorri.

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sexta-feira, maio 30, 2008

Voltei e lá estavas tu...

Depois de tantas semanas sem sequer ligar o computador, foi no mínimo curioso que fosse a tua a primeira janela a aparecer na tela. Um "oi, miúda" brilhante e silencioso que me apertou o coração.
É bom conversar contigo e ver que continuamos a ter essa nossa velha sintonia, tu e eu.
Ainda lembro do nosso primeiro encontro, da química imediata. Era um dezembro ventoso e tu usavas calças "surfer" e uma t-shirt, leves demais para o inverno da capital. Amei teu sotaque e teu sorriso descarado, tua pele arrepiada de frio e teus olhos de cachorro.
Falas do teu último fracasso. Reclamas do mundo e das mulheres, do amor e do sexo e eu digo o que sempre te disse, que já não tens idade para mudar... Acostuma-te contigo e depois com o mundo, mulheres incluidas, meu bem.
2001 tinha oito dias quando te encontrei na porta da igreja, o telefone colado à orelha como sempre. A viagem tinha sido cansativa e só querias dormir... Jantámos, conversámos e esperámos até minha irmã deitar (ainda morava eu com ela, nesses anos de estudantes). Eu não sabia o que fazer... Tinha preparado a segunda cama do meu quarto para não ofender-te, mas tu disseste "Nin, eu sou do sul e cá tá muito frio, deixa eu dormir contigo".
Tu não sabias como batia meu coração quando entrei na cama e abri os lençóis para ti.
Nem te lembras da minha timidez quando pus a cabeça sobre teu braço estendido.
Mas te apercebeste, ao beijar-me, do meu medo, e disseste "por que tás corada? Eu vou só cuidar de ti".
E amei teu corpo como antes tinha amado teu espírito. E dormi abraçada a ti porque sabia que no dia seguinte recobraríamos a cordura e queria reter teu aroma na memória para as noites frias que viriam.
Vejo na tua janelinha que continuas linda... Hoje está frio aqui.

sábado, abril 26, 2008

Fim!!!!

Vou caminho do último exame do meu curso universitário... Pedir-te-ia para me desejares sorte, mas dizem que pedir dá azar.
Vamos ver no que dá.

sábado, abril 19, 2008

Primeiro...

Primeiro foi o amor.
Depois, o silêncio.

E quem quiser entender, entenda.

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quinta-feira, abril 10, 2008

Venham...

Daqui a três semanas termino o curso. Meu segundo curso universitário... Se me tivessem dito isso quando comecei o primeiro, teria dito "merda!", mas cá estou...
Muita coisa mudou na minha vida nos últimos cinco anos. Para melhor e para pior, cá estamos.
Amigos que foram embora, amigos novos que chegaram para ocupar esses lugares. Pessoas que me deram muito, pessoas a quem já dei muito.
Músicas novas, comidas novas, experiências, conversas, prazeres, dores, saudades.
Vivi muito, ri muito, chorei muito.
Agora começa uma nova etapa e só posso dizer "venham as mudanças que cá tou eu".
Então, venham as mudanças... Cá tou eu!

quarta-feira, março 26, 2008

Desejo concedido

Baixei o olhar, corada, porque te amo.
É a verdade, e enquanto aquela música enchia tudo ao redor, eu desejava que os versos se materializassem em letras de fumo para desmanchá-los com meus dedos num aceno mágico...
Nota a nota, amei-te sem palavras, com os lábios secos pela ansiedade. E então tu murmuraste a pergunta perfeita:
- Ó Nin, traduzes a música para mim? Mas não para a minha língua, para a tua.

Quizá no sea el momento adecuado,
Tal vez yo no sea la persona adecuada,
Pero hay algo sobre nosotros que quiero decir,
Porque de todos modos hay algo entre nosotros.
Tal vez yo no sea la persona adecuada,
Quizá el momento no sea el adecuado,
Pero hay algo sobre nosotros que tengo que hacer,
Una especie de secreto que voy a compartir contigo.
Te necesito más que a nada en mi vida,
Te quiero más que a nada en mi vida,
Te echaré de menos como a nadie en mi vida,
Te amo más que a nadie en mi vida.*


E quando acabei de desenhar os sons no teu ouvido, soube que a noite era nossa, mesmo sem tu saber... Porque tínhamos a música, a praia e as estrelas do nosso lado...

* Daft Punk, "Something about us", do álbum "Discovery".

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quarta-feira, março 12, 2008

Meu lobo

Chega com a câmara e o sorriso prontos para me desarmar e olha para mim com os lábios prontos para formar o apelido que só ele me dá.
- Fan...
- Já te disse que não me chames de fanciulla.
- Adoro quando te zangas- beija-me perto da boca e não consigo ignorar seu aroma delicioso, limão e cedro, que envenena minha decisão.
Veio para tirar as fotos que lhe prometi há muitos meses, quando ainda éramos simplesmente amigos e precisava delas para seu portfolio. Já estou pronta, de kimono vermelho e cabelo desgrenhado, como ele pediu, descalça e nervosa, como sempre que ele cruza minha porta.
- Branco e preto, seu idiota?
- Branco e preto, minha boneca.
Flash. Flash, flash. Pede-me para ligar a música e aparece Massive Attack. Não quero ser seduzida por este homem do sorriso malandro, do queixo que só apetece morder, dos braços que rodearam com exactidão matemática meu corpo numa noite durante a qual esqueci as regras tácitas dos velhos amigos. Não devo, mas quero, e ele sabe disso. Tortura-me ao colocar minhas mãos na posição adequada, com deliberada lentidão, ao retocar as pregas do kimono sobre minhas coxas, roça-me sem tocar-me e sinto seu hálito na nuca, quente e cheio de promessas e lembranças que me fazem arrepiar.
- Naquela noite estavas a usar um de cetim preto, não era?
- Era azul.
- Se calhar era... A roupa era o menos importante.
- Pois, o mais importante é que tu eras um homem livre.
- E tu menos ponderada. E gostavas de ser minha fanciulla- diz, enquanto suas mãos começam a desapertar o nó do meu kimono.
- Pára...
A entrada anterior fazia 200 textinhos no meu canto, mas foi uma entrada triste e, ainda por cima, premonitória.
Por isso vamos, melhor, mudar de assunto...

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

We never know we go when we are going...

We never know we go when we are going --
We jest and shut the Door --
Fate -- following -- behind us bolts it --
And we accost no more --

Emily Dickinson (1830-1886)

(Ainda tenho imensas saudades tuas... E raiva porque a vida te levou do meu lado)

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quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Parabéns para mim!

Segunda fomos ao cinema; para quem é fã de Tim Burton, era imprescindível assistir seu último filme, embora desconfiávamos das capacidades vocáis dos senhores Depp e Bonham-Carter...
Fomos ao cinema e antes do filme decidimos jantar num restaurante italiano que fica dentro do complexo de salas... E lá estavam meus ex chefes e o marido dela, bem pertinho da nossa mesa, a conversar tranquilamente.
- Achas que deveria cumprimentar?
- Tu? Faz conta que não os viste, eles que venham falar se têm coragem...
- Tás certo... Vamos pedir uns crostini?
- Vamos.
(Mas uma parte de mim se perguntava como teria sido a conversa e se teriam tido os c*** de perguntar pelo meu novo emprego, no qual, para além de não ter que usar a horrível farda completa, ganho bem melhor e trabalho menos horas...)

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Prosaica, felizmente

Era tanta a chuva que me arrependi de ir de botas brancas e calças demasiado compridas, o tecido molhado até aos joelhos e o frio a penetrar-me sob a angora do pulóver. Cobri-me o nariz com o cachecol enquanto sentia as gotas a cair-me pelo cabelo abaixo e maldisse mentalmente o inverno peninsular.
Os felizardos que tinham guardachuvas escondiam-se embaixo deles do ataque líquido. Os que não tínhamos, corríamos como formigas à procura da casinha.
Parei um momento para procurar o chapéu na bolsa e dei por mim a olhar para os rios de tinta azul que desbotavam das minhas calças de ganga e escorregavam pelas botas. Uma súbita tristeza invadiu-me... Não pelas botas, mas por todas as coisas que tinham desbotado alguma vez na minha vida. Pensei nas traições, nas mentiras, pensei em muitas coisas, numa pessoa...
E pensei que, se a chuva era capaz de fazer desbotar umas simples calças, talvez pudesse molhar-me a alma e levar com ela todas as nódoas e as mágoas que ele me causou.
Tirei o pulóver e fiquei lá, a olhar para as núvens, com a água a cair-me pela cabeça, o pescoço, os dedos, até que a seda da camisa ficou colada à pele e o frio me fez espirrar.
Então peguei o pulóver e o meu sentido comum e voltei para casa a pensar como faria para a angora não se estragar depois daquela água toda.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Ainda tu, poeta

Pois é.
Ainda escrevo a pensar em ti. Ainda sonho com teus lençois escuros e tuas mãos a desenhar sóis sobre a minha pele.
Por vezes acordo, suada e agitada, ofegando porque senti que entravas pela janela do meu quarto para possuir-me no meio da noite, silencioso e forte como um titã... E desespero ao pensar que não estás comigo.
Ainda apareces na minha cabeça quando estou na banheira e me beijas a boca como se fosse uma fruta, ainda te vejo quando fecho os olhos num intervalo no trabalho, estás aí quando adormeço e meu cérebro imagina o que ele quer.
Escrevo a pensar em ti, meu poeta... Minha inspiração...

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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Esquecimento

Agora, com teu cabelo entre meus dedos, vejo os problemas afastarem-se pouco a pouco.
Agora, enquanto beijo tuas pálpebras, percebo como sou parva quando me preocupo por essas coisas pequenas.
Neste momento de calma, de silêncio compartilhado, sinto que és meu companheiro, meu advogado, meu refúgio.
E não quero sair mais deste nosso canto privado onde não há relógios. Faz com que esqueça tudo, tudo, tudo...

terça-feira, janeiro 22, 2008

Meus amigos

Depois de quatro anos, estávamos de novo os cinco juntos, como nos tempos da faculdade, mais os dois namorados que já são parte imprescindível do "Clube 6 e 7".
Foram tantas as noites sem dormir a prepararmos os exames, e as noites de festa, que não consigo pensar em vocês sem sorrir (saudades, saudades...). Tanto tempo que se foi para não voltar, os nossos vinte-e-poucos anos, tanta energia como tínhamos, aquela inocência com a qual podiamos vencer todos os obstáculos... Não se foram, mas transformaram-se e há dois dias vi que realmente melhorámos com o tempo. Mais templados, mais tranquilos, igualmente doidos.
Meus queridos amigos da faculdade, amo vocês. Sei que já disse, mas não é mau repeti-lo. Amo vocês. Meus meninos de barba (agora que têm pêlo para deixar a barba sem fazer), minhas meninas de olhos de boneca. Irónicos, divertidos, inteligentes, vocês tiveram a força para tornar um sonho em realidade. E admiro vocês por isso.

A próxima é antes das eleições... Não esqueço mais!!

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terça-feira, janeiro 08, 2008

Passagem

Sssssh...

Escondidos num canto, teoricamente à procura de gelo, enquanto os outros aguardavam por nós na sala.

Não interessava. Eles que esperassem. Eu tinha encontrado meu paraíso na humidade da sua boca, na carícia áspera da lã do seu pulôver contra meu peito, e nada mais interessava.
Devorávamo-nos com a ânsia quase física de quem já aguentou demais, ofegantes, famintos, violentos, minhas unhas marcando suas costas, seus braços aferrados à minha cintura como se eu fosse um faro, desesperados, loucos, arrebatados.

- Ó Nin, encontraram o gelo? - A voz de um dos amigos chegou desde a sala para nos devolver à realidade.

E enquanto ele me beijava o pescoço, furioso, todo saliva e força, peguei um pedaço e o mordi, numa tentativa vã de tranquilizar-me, porque sua língua voltou a invadir minha boca para roubar-me o gelo e murmurar no meu ouvido:

- Volta, volta com eles... Ainda temos 365 dias para contar mentiras, menina.