sábado, agosto 25, 2007

Dois mais uma

Estão a conversar tranquilamente sobre ciência, seu homem e o amigo, os dois nerds mais sedutores que ela já viu.
Ela olha afastada, fingindo que escuta o que sua amiga lhe diz, decorando cada detalhe da cena dos homens lá do lado. Gosta deles porque os dois são altos e têm mãos grandes e dedos compridos... Por não falar dos caracteres: analíticos, frios, veementes, enérgicos, uma mistura que ela adora.
Seu homem é o moreno de olhos castanhos. Apaixonou-se por ele mesmo antes de terem trocado uma palavra e nunca se arrependeu. Se calhar, assustou-se quando foi descobrindo como eles eram parecidos... E como as fantasias dele eram ainda mais ousadas do que as dela.
O loiro é seu velho amigo da secundária, aquele que faz saltar faíscas entre eles dois quando se entreolham na multidão. Com esses olhos verdes é capaz de fazê-la corar sem dizer mais nada.
E os dois juntos constituem a próxima fantasia dela.
Seria tão fácil... Chegar ao pé deles e interromper a conversa com umas poucas palavras que poderiam fazer tudo mudar entre eles...
E se levanta da cadeira com o coração acelerado e as mãos crispadas, decidida a mudar esse pequeno mundo.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Rubicão

Não há barreiras que possam conter a força do meu desejo. Abalanço-me sobre o que eu quero, após ter calibrado minhas probabilidades, com rapidez de águia. Nada pode fazer com que eu desista do meu objectivo...

...Tu.

Tu, que bebes teu copo sem dar por mim. Eu sou o sal e o limão para o teu tequila. É meu nome que vai invadir tua boca esta noite, é minha carne que vai encher tuas mãos de músico.
Nem que fosse um Rubicão... Atravessá-lo-ia só para conhecer os segredos que guarda teu espírito, as curvas delicadas da tua alma, para decorar os detalhes do teu corpo encostado indolentemente à parede.
Não há barreiras que possam conter minha vontade. Daqui a umas horas estarás deitado na minha cama, lânguido e entregue, teus dedos assinando tua rendição sobre minha pele.
És meu, és meu, mas ainda não sabes.
Olhas para mim e acenas num gesto amável. Eu sou o sal... Tu és meu Rubicão... Devias ser mais cuidadoso, querido... Nunca ouviste dizer que onde cai sal nunca mais cresce nada?

Etiquetas:

sábado, agosto 11, 2007

Nin Simpson


Como fã dos Simpsons que sou, já me simpsonizei para prazer meu e dos meus três leitores.
Cá têm, em primícia e exclusiva mundial, a imagem da vizinha... Não me responsabilizo dos enfartes que meu enorme charme possa provocar entre os visitantes do meu blog.
Se vocês também querem, é só visitarem Simpsonizeme

domingo, agosto 05, 2007

(silêncio)

A Vizinha abriu a porta, jogou a bolsa no sofá, tirou as sandálias enquanto caminhava pelo corredor e despiu-se sem cuidado nenhum, deixando as peças no chão às pressas.
- O que tens, Nin?
- Nada que não tivesse ontem... É só que hoje sei porquê...
E trancou a porta do quarto para ficar a sós com o seu porquê.

Etiquetas: