Agulhas
A dor, que dança comigo e me aperta entre seus braços. A dor, que sussurra palavras no meu ouvido.
Meu amigo, meu irmão, aquela presença conciliadora, aquele homem bem disposto, nunca voltará. Não é só a perda... O pior é não saber com que fazer sarar a ferida. Entro no seu blog, tão vazio, leio de novo aquele último comentário, divertido e feliz. Olho seu número na agenda do meu telemóvel e sinto vontade de ligar, de ouvir sua voz mais uma vez.
Lembro-me dos bons momentos, da cumplicidade, das brincadeiras que ninguém mais entende. Dos nossos combates de esgrima.
Sinto-me tão só. Jogaria minha alma pela janela sem duvidar se soubesse que assim vou terminar com esta angústia que dorme comigo.
Onde estás? Por que não dás um sinal? Por que não acreditámos em Deus quando ainda tínhamos tempo?
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