quinta-feira, maio 31, 2007

Exames

- MeNINa, tás a ver? Já nunca marcamos para tomar café!!
- Tás certa, eu também tenho saudades tuas...
- Nem sequer telefonas!!
- Eu sei, estou cheia de exames... É uma chatice!
- E até é difícil encontrar-te cá no Messenger.
- Eu sei...
- Quero ver-te!! Vamos combinar qualquer coisa, tá? Nem que seja para eu te ajudar com os estudos, o que achas?
- Tá bom... Tenho um exame no sábado e podiamos marcar para sexta, ajudavas-me com as prácticas.
- Muito bem, o que tenho que fazer?
- Tu nada, eu que tenho de aprender a revirar-te as pálpebras com um cotonete. Mas não doi nada, garanto-te!
- Ehm... Deixa pra lá, acho que posso esperar até terminares os exames... Não quero atrapalhar!

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segunda-feira, maio 21, 2007

Convite

Gostava de ser como Dolmancé. Se não anfitriã, ao menos mestre de cerimônias. Dar aos meus convidados o prazer de uma velada perfeita.
Gostava de ser como Dolmancé e surpreender com os mais delicados detalhes na minha pequena festa privada.
Meus convidados já confirmaram a assistência. Agora sou eu a tratar de todos os aspectos. E como eu gosto de sentir-me assim...

quarta-feira, maio 16, 2007

Promessa

Porque os dois sabiamos que tínhamos uma conversa pendente e porque não era um assunto para ser adiado, sentei-me ao pé de ti e esperei até reunirmos coragem.
Porque os dois sabiamos que se dávamos mais um passo começariamos um caminho sem retorno, sentiamos o pulso acelerado, os sorrisos tímidos, a fala hesitante.
Porque nenhum de nós foi nunca um covarde, encostei meus lábios no teu ouvido e murmurei aquelas palavras que tu esperavas...
- Tudo o que disse é verdade... Queres conferir?
E mesmo com os olhos fechados, senti aquele sorriso safado a nascer na tua boca e o arrepio que te percorreu as costas... E soube que era minha hora de entregar-me.

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sexta-feira, maio 11, 2007

Adivinhança

- Então, quando é que posso entrar nesse teu paraíso? É preciso ter alguma chave?
- Não, é com uma senha.
- Quero-te tanto, mas tanto...
- Adivinhaste... Anda cá.

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quarta-feira, maio 09, 2007

Descobertas e desafios

Nunca falámos muito tu e eu, mas há os olhares.
E há conversas dessas que vale a pena decorar. E há gestos que delatam nossas verdadeiras intenções.
Nunca falámos muito, porque cada um de nós pensava que o outro era uma pessoa pudica e bem comportada como o resto do grupo. Enganámo-nos. Nem tu nem eu somos como eles.
Até que um dia começámos a conversar. E descobrimos que gostávamos das mesmas coisas. Que partilhávamos ideias. Que detestávamos a falsidade daquele ambiente pacato.


A vizinha achava simplesmente sexy aquele rapaz, com seu jeitinho de menino formal e aqueles óculos que tentavam encobrir um olhar que contradizia o resto dos gestos. Por vezes, parecia haver muito por trás daquela fachada. Por vezes, pensava que se enganava, que ele era parvo como os outros.
Já o tinha apanhado a olhar para seu decote, para sua boca, a avaliar o conjunto de corpo e palavra, e sempre aceitava o desafio em silêncio, sorrindo com malícia.
Mas nunca esperou uma resposta... E ainda menos a que recebeu ontem:
- Nin, inspiras-me muito... Tu não sabes, mas naquele café no dia de Ano Novo, eu estava...
- De certeza não te inspiro nada bom.
- Nem preciso. Gosto que me inspires coisas más. Não achas bem melhor?
E a Nin corou e respondeu o primeiro que lhe veio à cabeça, calibrando suas forças para aquele novo desafio...

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Acordei

Volto a escrever. Volto a ser eu. Se há que falar de dolor, falaremos de dor. Do que for preciso. Mas não quero abandonar este cantinho.
Obrigada a todos pelo apoio.
E agora vamos falar um pouco de coisas frívolas...

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